Nos últimos meses, O Tesla Cybertruck se tornou o centro das críticas devido à queda inesperada e acentuada nas vendas, fenômeno que causou alvoroço tanto no mercado automotivo americano quanto internacional. O que inicialmente foi apresentado como um dos lançamentos mais disruptivos dos últimos tempos acabou caindo em desgraça, com inúmeros indícios apontando para um verdadeiro fracasso comercial da empresa liderada por Elon Musk.
Várias experiências recentes evidenciaram problemas estruturais e de gestão. Por exemplo, a revista americana Edmunds, especializada em avaliações de veículos, comprou um Cybertruck por mais de US$ 100.000 para realizar um teste de longo prazo. Entretanto, menos de um ano depois, foi declarado perda total após um acidente que, devido à complexidade e ao custo exorbitante do reparo, levou a publicação a vender o que restou do veículo por cerca de US$ 8.000. Este episódio serviu para destacar a dificuldade de encontrar oficinas qualificadas para consertar o Cybertruck e os tempos de espera intermináveis para obter orçamentos e executar trabalhos em sua exclusiva carroceria de aço inoxidável.
Um estoque que revela falta de demanda…
O caso Edmunds não é o único que reflete as sombras que cercam o Cybertruck. As vendas não atingiram as metas, com dados internos apontando para cerca de 39.000 unidades entregues nos Estados Unidos, longe das 250.000 anuais que Musk prometeu inicialmente. Esta fraca recepção reflecte-se em imagens que mostram Centenas de Cybertrucks armazenados tanto nos estacionamentos da gigafábrica do Texas quanto nas concessionárias, um sinal claro de que a empresa fabricou mais veículos do que consegue vender.
Essa situação levou a práticas controversas, como a devolução de unidades que estavam armazenadas há meses. Um cliente do Texas, Reza Soltani, testemunhou em primeira mão como a Tesla tentou lhe fornecer um Cybertruck que estava parado em um estacionamento desde o começo do ano, a ponto de ele recusar o carro e exigir uma troca. Além disso, usuários informados alertam sobre problemas decorrentes do armazenamento prolongadoComo desgaste prematuro da bateria e o aparecimento de marcas difíceis de remover no corpo de aço.
Problemas de fabricação e uma imagem cada vez mais manchada…
El A Cybertruck não sofre apenas com a falta de demanda, mas também com uma série de defeitos de fabricação. que forçou até oito recalls em seus primeiros meses de venda. Entre as falhas mais notáveis estão problemas nos pedais do acelerador, falhas no para-brisa em chuva forte e defeitos na estrutura da porta. Tudo isso teve um impacto negativo na percepção pública do veículo e da marca, aumentando a desconfiança de potenciais compradores.
O fato de que os reparos de um Cybertruck acidentado podem custar mais de 50% do seu valor de mercado desanima os proprietários, que veem o custo de manutenção do veículo disparar. Os orçamentos para grandes reparos podem exceder US$ 57.000, com longas listas de espera em oficinas autorizadas e disponibilidade limitada de centros treinados para trabalhar com este modelo.
O contexto interno da Tesla e o efeito Musk…
O ambiente interno e externo em que opera atualmente não pode ser ignorado. Tesla. A liderança cada vez mais controversa de Elon Musk contribuiu para piorar a crise.. Os últimos rumores sobre a possível substituição de Musk à frente da empresa, a Queda de 71% nos lucros do primeiro trimestre de 2025e a forte concorrência dos fabricantes norte-americanos e chineses pintam um quadro complicado para a empresa.
Além disso, A estratégia de redução de preços corroeu as margens da empresa, sem que isso tenha levado a uma recuperação significativa nas vendas globais. A isto somam-se as tensões internas e as decisões corporativas como o cancelamento de projetos de expansão, bem como a O envolvimento de Musk em assuntos políticos, levantaram dúvidas sobre a capacidade da Tesla de encontrar uma direção clara no setor.
Hoje, os O Tesla Cybertruck é um dos retrocessos mais notáveis na história recente da indústria de carros elétricos., com impacto direto tanto na imagem da marca quanto na percepção do consumidor sobre o futuro de veículos disruptivos, mas pouco práticos para o uso diário. A empresa ainda enfrenta o desafio de reverter essa tendência e recuperar a confiança do mercado. Veremos então...