Stellantis regressa à ACEA: uma nova era de unidade e transformação na indústria automóvel europeia

  • Stellantis confirma a sua adesão à ACEA após a saída de Tavares.
  • O regresso reforça a unidade face aos desafios da eletrificação e da competitividade.
  • A ACEA celebra o regresso como uma oportunidade para enfrentarmos juntos a transição verde.
  • A entrada em 2025 coincide com novos investimentos em baterias e mudanças estratégicas.

Peugeot-logo

O grupo Stellaris, um dos gigantes da indústria automobilística, decidiu dar um passo estratégico importante ao voltar a aderir à Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). Esta mudança não é coincidência, mas reflete uma mudança significativa na direção do consórcio após a recente saída do seu CEO Carlos Tavares. A decisão, que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, marca uma mudança na estratégia da empresa, com foco na colaboração para superar os desafios que o setor enfrenta.

O setor automóvel europeu está imerso numa grande transformação devido à eletrificação e elevada competitividade global. Neste contexto, a Stellantis, sob a liderança interina de John Elkann, compreendeu a necessidade de actuar em unidade com outros fabricantes para fortalecer o panorama do sector a nível continental. Esta reconciliação com a ACEA surge após dois anos de separação, marcados por tensões e estratégias divergentes.

ACEA: uma plataforma chave para a transformação ecológica

Novo logotipo da Opel 2021 2

O regresso da Stellantis à ACEA foi bem recebido pelos líderes da associação, destacando a importância da unidade em um momento tão crítico para a indústria. Luca de Meo, Presidente da ACEA e CEO do Grupo Renault, manifestou a sua satisfação, afirmando que “a colaboração entre os fabricantes é essencial para garantir uma transição sustentável e competitiva para uma mobilidade com emissões zero”. Estas palavras sublinham a relevância da ACEA como fórum para enfrentar coletivamente os desafios da sustentabilidade e da inovação.

A reintegração também encerra o postura crítica de Carlos Tavares face à ACEA, que optou por abandonar a associação em 2022, por considerar insuficiente a sua influência nas políticas europeias. Sob sua direção, a Stellantis implementou o Fórum de Liberdade de Mobilidade, uma iniciativa que não obteve o mesmo impacto ou coesão no setor que a oferecida pela ACEA.

Um momento crítico para a indústria automobilística

Novo logotipo da Citroën

Mobilidade elétrica e regulamentações rígidas de emissões São dois dos maiores desafios atuais para os fabricantes europeus. A ACEA, como principal voz da indústria, tem defendido a flexibilização dos requisitos regulamentares e a ajustar os limites de emissões de CO2 para evitar multas milionárias. Neste caso, a Stellantis alinha-se com a associação para alcançar um equilíbrio entre as exigências ambientais e as capacidades tecnológicas e económicas dos fabricantes.

Este retorno reflete também uma abordagem mais pragmática dos novos líderes da Stellantis, que procuram maximizar a competitividade do consórcio num mercado global cada vez mais complexo. Com uma quota de mercado superior a 20% na Europa, Stellantis sabe que a sua posição na ACEA será um impulso fundamental para negociar políticas e avançar projetos comuns.

Investimentos estratégicos: baterias e eletrificação

Plataformas Stellantis STLA 4 BEV

Paralelamente ao seu regresso à ACEA, A Stellantis anunciou um investimento de até 4.100 mil milhões de euros em colaboração com a gigante chinesa CATL para construir uma fábrica de baterias em Saragoça. Esta instalação, focada na tecnologia LFP (fosfato de ferro-lítio), deverá ser totalmente neutra em carbono e iniciará a produção no final de 2026. A fábrica será essencial para abastecer as marcas do grupo e reforçar a sua oferta de veículos eléctricos nos mercados mais competitivos. segmentos.

A mudança para a eletrificação é um pilar fundamental na estratégia da Stellantis, que pretende tornar-se uma empresa neutra em carbono até 2038. Para isso, está a adotar uma abordagem química dupla nas suas baterias, utilizando tanto NMC (níquel manganês cobalto) como LFP, com o objetivo de oferecer soluções mais acessíveis e eficientes aos seus clientes.

Mudanças estratégicas e reestruturação

Demissão Carlos Tavares

Além de regressar à ACEA, A Stellantis está imersa numa renovação interna que afeta tanto a sua estrutura como a sua liderança. Após a demissão de Tavares, o grupo procura um novo CEO, cuja nomeação está prevista para o primeiro semestre de 2025. Entretanto, foram introduzidas mudanças significativas na sua liderança na Europa, incluindo a nomeação de Marco Cane como responsável pela Península Ibérica.

Estes movimentos refletem a intenção da Stellantis de se adaptar rapidamente às exigências do mercado, otimizando a sua estrutura e priorizando a inovação e a sustentabilidade como motores de crescimento.

A decisão de regressar à ACEA, juntamente com os seus investimentos estratégicos e mudanças organizacionais, posiciona a Stellantis como um interveniente fundamental no futuro do setor automóvel europeu. Num ambiente cada vez mais competitivo, a colaboração e a inovação serão as chaves para superar os desafios e aproveitar as oportunidades oferecidas pela transformação para uma mobilidade sustentável.

Fonte - Stellaris

Imagens | Stellantis


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